Juan Luria
Johannes Lorie, “Juan Luria”, Barítono. (Varsóvia, 1862 – Sobibor, 1943)
O barítono Juan Luria nasceu em 1862 em Varsóvia. Estudou em Viena com Joseph Gansbacher e com Baks em Berlim. Em 1885, fez sua estreia no Hoftheater, em Stuttgart. Na temporada de 1890 – 1891 cantou no Metropolitan Opera, em Nova York, onde realizou 25 apresentações de oito papéis, incluindo Pizarro em “Fidelio“, Kurwenal em ‘Parsifal’, Alberich em Siegfried, Gunther em “Götterdämmerung” e Nevers em Les Huguenotes. Em 1891 foi para a Itália, e cantou com o nome de Giovanni Luria no Scala. Lá interpretou Wotan em 1893 em Milão, primeira apresentação de “Die Walküre“. Realizou ainda outras aparições em Viena, Munique, Paris, Turim, Gênova e Bruxelas. Luria, em seguida, estabeleceu-se em Berlim e realizou muitas performances como convidado. Atuou regularmente no Theater am Westens e em 1902 cantou na estreia mundial de “Die Liebe Rose vom Garten” e Pfitzner em Elberfeld. Em 1908, atuou novamente no Theater am Westens, depois que se retirou para dar aulas a outros cantores como Gotthelf Pistor, Käthe Heidersbach, Elfriede Marherr e Michael Bohnen. Em 1937, teve que deixar a Alemanha, fugiu para a Holanda e lecionou em Amsterdã e Haia. No entanto, foi preso pelos nazistas em 1942 e deportado para o campo de concentração de Auschwitz. Juan Luria foi assassinado com a idade de 80 anos.
(O barítono Juan Luria canta em sua última gravação, realizada em 1911, o Wanderlied: “Wohlauf noch getrunken” de Robert Schumann)

Memorial em frente ao apartamento de Juan Luria na Bleibtreustraße 44, Berlim.